terça-feira, 24 de novembro de 2015

Love Actually


Hoje dei com este artigo do buzzfeed For Everyone Who’s Actually Still In Love With “Love Actually” (aqui) e a verdade é que, lamechas para muitos, este é um dos meus filmes preferidos, e não quero saber.
Lembro-me de o ter visto em Londres, sozinha e abandonada, pouco tempo depois de lá estar a viver, e de chorar copiosamente, cheia de saudades de tudo e de todos.
Já não é novidade dar comigo que nem uma queda-d’água quando vejo filmes, tragédias, romances, desgraças, e até alegrias. Este não foi excepção. Creio que já uma vez aqui tinha publicado algo sobre isto, mas adoro a cena das Christmas Carrols do Andrew Lincoln (aqui).
No BuzzFeed dizem que a cena é tudo, e é mesmo… Diferente da cena do Hugh Grant a danças, hilariante...
Não deveríamos fazer mais coisas destas hoje em dia? Não imperativamente a alguém por quem estamos apaixonados, no verdadeiro sentido da palavra enquanto namorados e amantes, mas aos verdadeiros amigos, à família?

Pois aqui fica uma sugestão de Natal: mais importante que receber um par de meias ou aquela camisola de marca, talvez seja fazer bilhetes, cartazes, mensagens, emails, sms que digam coisas como “To me are you are a great friend.” “És fantástico.” “És fantástica.” “Contigo sou mais rica.” “It’s not that you’re perfect. You’re amazing.”  Etc. Dêem largas à imaginação.

domingo, 22 de novembro de 2015

É uma música bem portuguesa, com certeza!

Porque tenho andado sempre fugida, porque nem sempre me resta tempo para explorar, e porque muitas são as vezes que não sou fácil de convencer, não tive oportunidade de conhecer o trabalho dos Pensão Flor, até então.

Não fora estar mais atenta ao que se passa em Coimbra ultimamente, quase ia perdendo a avassaladora oportunidade de assistir ao lançamento do 2º álbum da banda, SUL. Comecei por me inteirar do primeiro (O Caso da Pensão Flor) ao longo de um dia e foi crescente o meu entrosar com a música, com a voz, com o estilo tão português, mas tão influenciado por ritmos como o tango, a morna, a música popular brasileira, e até, agora no SUL, o princípio de uma “flamencada”, mesmo ao meu gosto. É claro que nunca posso esquecer a feliz ideia de incluir no seu tema mais conhecido (Na Volta de Um Beijo) acordes do Cure, uma das minha all time favourite bands.

A voz da Vânia é contagiante e arrepia pêlo; as guitarras, o baixo e as teclas dão-nos música familiar de grandes artistas de Coimbra e fazem o som percorrer do corpo para a alma a um ritmo que nos faz não querer parar de ouvir. E a música repete-se uma, duas, três vezes e não cansa.

Mas o grande bom problema são as letras “cortantes” dos Pensão Flor. É uma intensidade que nada tem que ver com o popularucho, que dispensa a tragédia que vai nas consoantes do fado, que imita, tenho a certeza, o que vai na alma de tanta gente, que é arrojada e nos atravessa o pensamento. Veja-se quanto a isto Profano. É este tipo de música que também a mim me faz querer ser uma mulher vulgar. E ser arrojada, e avançar.